quarta-feira, 17 de março de 2010

Formador de Mercado - Ações com mais Liquidez

Para garantir a liquidez das ações, em especial a dos papéis de segunda linha, a CVM aprovou, em julho, a regulamentação da Bovespa sobre o credenciamento e a atuação do formador de mercado (market-maker). O lançamento do formador de mercado ocorreu em São Paulo, em 24 de setembro. É uma pessoa física ou instituição que se compromete e tem por obrigação formar preço justo de determinados títulos, garantindo sua compra e sua venda num ambiente de liquidez. Os market-makers vão se credenciar para a tarefa que começa. A corretora Codepe saiu na frente, atuando para a empresa Celpe, de Pernambuco, cujos negócios em Bolsa aumentavam.


O perfil do formador de mercado foi apresentado para corretoras e empresas em videoconferências para Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro. “Acreditamos que a maior parte dos interessados deve surgir mesmo no primeiro trimestre de 2004, quando será possível observar o bom desempenho desses profissionais”, diz o superintendente de Operações da Bovespa, Ricardo Pinto Nogueira.


Segundo o superintendente de Desenvolvimento do Mercado da CVM, Suli Fontaine, a autarquia já via a necessidade de ampliar a liquidez dos papéis via market-makers. “É necessário que haja agentes zelando pela liquidez e pela eficiência do mercado de renda variável. Em compensação, esse formador irá ser premiado, seja de forma financeira, seja pela construção de seu nome no meio”, argumenta Fontaine.


Companhias emissoras, acionistas controladores, empresas controladoras, controladas ou coligadas ao emissor e grandes detentores de ações poderão contratar corretoras, distribuidoras, bancos de investimento e bancos múltiplos com carteira de investimento para atuar como formadores de mercado de ações negociadas na Bovespa. O formador de mercado terá que comprar ou vender um lote mínimo de ações, definido pela Bolsa. O critério varia conforme o título e depende da negociação histórica, quantidade de ações existente e valor dos últimos pregões.


A Bovespa acompanhará toda a operação, que terá que obedecer a um “spread” máximo entre o preço de compra e o de venda do papel. Não haverá preço fora de mercado e quem quiser sair de uma posição ou comprar ações terá condições de fazê-lo sem receio. Como o formador de mercado irá atuar sempre por meio de uma corretora e seu modelo será competitivo – sem privilégio e em condições de igualdade diante dos demais aplicadores –, ele pode ser contratado por uma empresa com remuneração. Porém, terá que provar que tem papéis e dinheiro, pois será obrigado a comprar ou vender ações para manter a liquidez mínima do mercado. “O formador tem de colocar preço de referência e isso vai orientar os investidores. Ele também poderá obter seus ganhos com o spread”, explica Nogueira.


Espera-se que o formador de mercado dê aos investidores maior segurança quanto à regularidade dos negócios, em preço e quantidade. “Outra vantagem é que o market-maker não poderá sair do mercado sem avisar e terá que fazê-lo por um prazo mínimo de 30 dias”, explica. “Quando há liquidez, acabam aparecendo mais compradores e vendedores, reduzindo a necessidade de intervenção do formador”, diz Nogueira. (R.S.)

Fonte : http://www.bmfbovespa.com.br/InstSites/RevistaBovespa/88/FormadorMercado.shtml

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